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Democracia olímpica

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Por Redação
Atualização:

Candidato único, reeleito na surdina e por aclamação, francamente, esse tipo de dirigente não rola mais nem na Bolívia. O que restou de mais arcaico da era das Repúblicas das Bananas no continente só ainda se encontra por essas bandas na política predominante nas confederações esportivas brasileiras. O czar olímpico Carlos Arthur Nuzman, por exemplo, garantiu esta semana, em reunião relâmpago de aliados, sua permanência na presidência do COB até 2012, quando completará 17 anos no poder.

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Grandes coisas! Em 2015, quando termina seu atual mandato, Ricardo Teixeira terá completado 25 anos no comando da CBF. Não é nada, não é nada, mais uma década ele se iguala ao recorde de Alfredo Stroessner à frente do Paraguai. E, provavelmente para não dar a Nuzman chances de concorrência, Teixeira mandou dia desses sua entidade acusar irregularidades na condução do processo democrático no Comitê Olímpico Brasileiro. Pode? Deve ter general de pijama boquiaberto com a astúcia do czar do futebol.

Texto publicado no caderno Metrópole/Cidades da edição de hoje do Estadão

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