Ainda que o papa tivesse tais poderes, não haveria milagre que chegue para atender às expectativas de tantos chefes de estado encalacrados de passagem hoje pelo Vaticano para o beija-mão de entronização na Praça São Pedro.
A chanceler Angela Merkel deve estar sabendo que, se nem um papa alemão a ajudou a tirar o euro da crise, não será agora um argentino que lhe concederá o dom de alcançar a salvação econômica praquela zona.
Melhor assim! Se pudesse livrar o vice-presidente Joe Biden de penitência por todas as gafes que comete nos EUA, o Pontífice talvez não tivesse como negar perdão a outro de seus convidados, o presidente Robert Mugabe, pelas desgraças que impõe ao Zimbábue.
Na dúvida sobre suas chances de ser atendida, Dilma Rousseff só vai decidir na hora se transmite o recado do Rio - sede da Jornada Mundial da Juventude - ao papa: "Veta, Francisco!"