Tutty Vasques
15 de fevereiro de 2013 | 08h42
“E aí, caiu no samba ou só pisou na jaca?” Qualquer outro funcionário do Palácio do Planalto que chegasse na Quarta-Feira de Cinzas com o pé direito imobilizado por uma bota ortopédica seria motivo de piada na volta ao trabalho, mas, em se tratando de uma fissura no dedão da presidente Dilma, a imaginação do pessoal não vai muito além de uma topada.
É natural que se especule pelos cantos do palácio a hipótese de a contusão ter sido simulada para justificar o cancelamento de encontro agendado para a próxima segunda-feira em Serra Talhada (PE) com o governador Eduardo Campos, mas nem a maldade alheia mais aguda seria capaz de imaginar Dilma Rousseff protagonizando um passo mal dado no carnaval da Bahia.
Ninguém é ruim da cabeça a ponto de sustentar que a presidente ficou doente do pé pulando os quatro dias de folia em Salvador, trancada com sua velha fantasia de bailarina na base naval de Aratu.
A oposição pode até sugerir que ela se machucou de tanto pisar na bola ou de tanto que o PMDB pisou-lhe os calos, mas dificilmente haverá controvérsias sobre a versão de acidente doméstico provocado por tropeção.
E não se fala mais nisso, ok?
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