Tutty Vasques
08 de março de 2013 | 00h02
Não dá para entender a escolha de Romário para a presidência da Comissão de Desporto da Câmara dos Deputados! Sendo ele um nome identificado com o assunto, francamente, desde quando este tipo de lógica politicamente correta credencia alguém a funções de comando no parlamento?
A praxe no Congresso é justamente o contrário: quanto maior o desapreço do político pelo tema legislativo em discussão nesta ou naquela comissão, maiores são suas chances de dirigir os debates a respeito.
Blairo Maggi, por exemplo, fez por merecer a presidência da Comissão do Meio Ambiente depois que o Greenpeace lhe agraciou com o prêmio Motosserra de Ouro “por sua imensa contribuição para a destruição da Amazônica”.
Para se eleger ontem presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o deputado-pastor Marco Feliciano precisou pregar abertamente – e de forma inequívoca – princípios racistas e homofóbicos.
Ora bolas: se Romário nunca foi contra a prática de esportes, por que diabos vai agora presidir a Comissão de Desporto da Câmara?
Por essas e por outras, crescem as manifestações pelo impeachment do presidente do Congresso: Fora, Renan Calheiros!
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