"Cai chuva!" E não há paulistano que não assine embaixo a celebração de Tim Maia ao "mau tempo" que ontem se previa intenso como aquele verso de Renato Russo: "A tempestade que chega é da cor dos seus olhos castanhos." Dia bom para ouvir a chuva em casa. "Chuva de prata que cai sem parar, quase me mata de tanto esperar."
Ou largue a Gal cantando sozinha para girar no bloco de Jorge Benjor: "Lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo só pra ver o meu amor (...) toda molhada e despenteada, que maravilha." Aproveite! Afinal, como dizia Gilberto Gil, "faz muito tempo que eu não tomo chuva, faz muito tempo que não sei o que é pegar um toró".
Hoje promete ser um daqueles dias de chuva, suor e cerveja, que Caetano compôs em tempos de estio: "Acho que a chuva ajuda a gente se ver." O sol, no caso, seria um balde de água fria no fim de semana. Ninguém merece!
Texto publicado originalmente neste sábado no caderno Metrópole, do 'Estado'