Quem, como o ministro, já teve problemas crônicos na coluna chega a sentir uma pontada na lombar só de imaginar o desconforto de sua excelência. Se não encontrou posição para ouvir os advogados de defesa, pior agora com tamanha incumbência de sustentação oral.
A continuar como nos últimos dias no senta e levanta de sua cadeira ergométrica de espaldar reclinável para se esticar de pé ou se estirar na sala anexa ao tribunal, vai ficar difícil acompanhar o relator.
Não há entrevado neste País que no momento não tenha dó do sujeito. Perguntam-se uns aos outros, afinal, se o voto do ministro está redigido, por que não entregar a leitura da peça a um profissional de teatro competente para interpretar o protagonista de acordo com a liturgia da mais alta corte da Justiça brasileira.
O Milton Gonçalves faria muito bem o papel, né não?