Tutty Vasques
25 de abril de 2013 | 06h03
Quase meio século depois daquela coisa toda pelas liberdades individuais em Paris, eis que os franceses estão de novo se preparando para passar o mês de maio brigando com a polícia nas ruas da capital. Os rebeldes de hoje em dia não aceitam o casamento gay aprovado pelo parlamento, ou seja, está em marcha a contrarrevolução sexual! ‘Egalité’, como se diz agora, é o cacete!
Às favas, da mesma forma, o caráter libertário da rebeldia de antigamente: uma das bandeiras mais ousadas em 68 – o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo – também está de volta às ruas de Paris comemorando a conquista do sagrado direito à família homoafetiva.
“Só nos resta a insubordinação!” – conclama a líder dos rebelados, Frigide Barjot, humorista francesa cujo nome artístico, trocadilho de Brigitte Bardot, significa “Frígida Doida”.
A boa notícia é que a Paris de 1968 não mudou nada. Maio também continua o mesmo tempo agradável para sair às ruas da cidade.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.