Imagina a vida de patroa desses caras-de-pau que, para defender a 'farra das passagens', vão à televisão dizer que a esposa é a célula mater do mandato parlamentar. Com duas casas para cuidar em pontos distantes do País, as pobres coitadas são praticamente escravas da agenda política da autoridade com quem constituíram matrimônio. Miram-se, provavelmente, no exemplo daquelas mulheres de Atenas que o Chico andou cantando.
Vivem pros seus maridos - algumas só conhecem da farra o castigo do ir e vir a Brasília -, não é justo que sejam evocadas em nome da manutenção da pouca vergonha que vai a votação em plenário na semana que vem. Coitadinhas!
Texto publicado no caderno Cidades/Metrópoles deste sábado no 'Estadão'.