Aqui e agora, como se sabe, homofóbico cuida dos direitos das minorias, desmatador zela pelo meio ambiente, condenados vigiam a Justiça e, se faltava um acusado de suborno presidindo a Comissão de Finanças da Câmara, o Congresso preencheu tal lacuna elegendo para o cargo o nobre deputado João Magalhães.
O parlamentar mineiro chegou lá justo no dia em que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STF por 33 práticas de corrupção passiva e quatro atos de fraude em licitação.
Está já há um mês se fingindo de morto em suas novas funções, provavelmente para não dividir as atenções da sociedade com o colega Marco Feliciano, que acabou virando mártir da luta contra a teimosia de quem insiste em levar este País a sério.
Como se aqui prostituta não se apaixonasse, cafetão não tivesse ciúmes, traficante não se viciasse...