O desabafo do governador soa, cá pra nós, tão improvável quanto suspeitar que algo possa tirar o título de campeão brasileiro do Fluminense. Tão impensável quanto a probabilidade de faltar cerveja no carnaval, se é que haverá carnaval!
O povo em Ipanema faz "ahã", e vida que segue a caminho do mar!
Se for de fato real, o risco de fim do mundo no Rio preconizado por Cabral vai pegar muita gente de surpresa nas praias, se é que elas ainda estarão abertas quando "o estado fechar as portas".
O lado dramático, quase canastrão, do governador se pronunciar também não ajuda a dar credibilidade ao tal "colapso das finanças públicas" que estaria se avizinhando da Cidade Maravilhosa.
Da maneira como ele fala, francamente, fica a impressão de que o Rio pode ter morte súbita a qualquer momento. Podia começar dizendo "oi, gente, o Réveillon de Copacabana subiu no telhado" antes de jogar logo uma pá de cal na Olimpíada, né não?