Quatro séculos após a carta-testamento de Calabar justificando sua "traição" pela felicidade geral da Nação prevista no projeto de um Brasil holandês, Snowden reacende nos EUA a dúvida sobre o caráter de um personagem secundário repentinamente alçado ao posto de protagonista da História por romper com o absolutismo vigente.
No caso dele, talvez os americanos considerem dupla traição o fato de ter preferido o britânico 'Guardian' ao 'New York Times' na disputa pelo furo de reportagem com o 'Washington Post'. Sorte de Calabar que, na época dele, nem imprensa havia no Brasil.