"Caro jornalista. Sou uma senhora de 70 anos, professora de português, aposentada e me chamo Cacilda, nome que tenho muito orgulho, pois era uma das amadas de Don Quixote de la Mancha, obra que imortalizou Miguel de Cervantes.
O senhor o utiliza de uma maneira vulgar, pejorativa e arcaica, uma vez que quem o proferia já morreu há muito tempo, era o Mussum, da turma dos Trapalhões (...).
Espero que o senhor leve em consideração minhas ponderações e deixe de utilizar tal palavra, de conotação nada lisonjeira. Obrigada, Cacilda Amara Melo."
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Prezada dona Cacilda. Seu e-mail me comoveu! Tocou-me, em especial, a forma serena e educada de sua queixa, coisa muito rara na comunicação digital.
Como não adianta dizer a alguém ofendido que não houve intenção de ofender, vamos combinar o seguinte: prometo, de cara, nunca mais fazer uso interjectivo de seu nome e, em contrapartida, a senhora vai jurar que perdoará o Mussum por qualquer coisa! No que depender da gente, Cacilda ou, como ele dizia, Cacilds nunca mais!