O fim do Velho Mundo

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
 Foto: Estadão

A turnê mundial do fim do mundo deu uma passadinha devastadora na Ilha da Madeira, mas, que ninguém se iluda, a ideia é, até meados de março, sair varrendo a economia europeia pelas beiradas. De Funchal a Lisboa, como se sabe, é um pulo. Portugal, Espanha e Irlanda vão entrar para a história do desastre financeiro iminente no Velho Mundo como países periféricos ao epicentro do naufrágio do euro. A Grécia é o Titanic da vez!

De berço da democracia a túmulo da economia, a odisséia da civilização se encaminha para um desfecho medíocre e melancólico, sem heróis, deuses ou aquelas mulheres de Atenas que Chico Buarque cantava antigamente. Caberá aos arqueólogos do futuro determinar o que seria construção ou já era ruína quando houve a explosão do déficit fiscal na terra de Ulisses. Dificilmente encontrarão sob os escombros da Previdência a verdadeira dimensão da dívida pública que o país escondia da União Europeia pouco antes do fim do mundo que se espera para breve. É o tipo da história que, francamente, nem Homero tornaria interessante, né não?

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.