Há quem diga em Washington que tem aeromoça da American Airline e piloto de caça americano no Afeganistão com menos horas de voo este ano que a secretária de Estado da era Obama.
Nos últimos 30 dias, Hillary cancelou viagens a Londres e a Istambul por causa da morte de sua mãe no início de novembro, mas logo depois participou de um fórum em Honolulu, foi recebida com ovos nas Filipinas, discutiu o livre comércio na Coreia do Sul e, a caminho de Mianmar, visitou vítimas das enchentes na Tailândia.
Sabe lá o que é, em menos de 36 horas, tomar café-da-manhã com Ban Ki-moon em Bangcoc, almoçar com Lee Myung-bak em Busan, jantar com Aung San Suu Kyi em Naypyidaw e, na volta ao hotel, ainda mandar recados a Bashar al-Assad em Damasco, sem confundir os assuntos?
Tem dias que ela precisa acessar o site do 'New York Times' para saber onde está. Fica mais fácil se localizar quando acorda ao lado de Bill Clinton, mas isso raramente acontece desde que tomou posse em fevereiro de 2009.
Quando calha de dormir em casa, não tem sido fácil para o ex-presidente lidar com o jet lag da patroa. O relógio biológico de Hillary fugiu inteiramente de controle. Em dias de folga nos EUA, a secretária de Estado costuma acordar de madrugada para discutir a relação com a mesma disposição com que enfrenta a ambição nuclear do Irã.
Bill não reclama! Poderia ser pior se ela fosse dona de casa, né?