Tutty Vasques
26 de julho de 2012 | 06h35
Com a cabeça no Japão, a torcida do Corinthians tem bons motivos para não fazer escala em Londres. Os caras não gostam nem de lembrar do costume de se frustrar com resultados, sem o que fica muito difícil torcer pelo Brasil em olimpíadas.
Sem querer desanimar a garotada que há quatro anos não tinha ainda idade para sofrer com nada, devo alertar por experiência própria que é duro, mano, não é fácil ser brasileiro em Jogos Olímpicos.
A gente apanha muuuiiito!
Se bem que Londres 2012 leva sobre Pequim 2008 a vantagem de ninguém precisar acordar de madrugada no Brasil para perder. Na China, até o fuso horário jogava contra!
Relembrando o que aconteceu, acabamos em 23º lugar, com 3 medalhas de ouro, 4 de prata e 8 de bronze. Pior é que, quando a fase não é boa, alguma coisa bizarra acaba sempre roubando a cena dos raros momentos de glória.
O sumiço da vara de Fabiana Murer na hora do salto em Pequim marcou quase tanto o torcedor brasileiro quanto o inusitado protagonismo de Vanderlei Cordeiro de Lima sendo arrancado da maratona de rua por um homenzinho de saia colorida em Atenas 2004 – lembra?
A boa notícia é que nada muito pior deve nos acontecer em Londres.
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