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Saia justa global

Lideranças desafetas de Hugo Chávez mundo afora precisaram fazer uma ginástica diplomática danada para redigir seus respectivos comunicados oficiais de pesar pela morte do líder bolivariano. O desafio era mandar um recado que não parecesse nem tão sincero que soasse grosseria, nem tão comovido que parecesse falsidade.

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Por Redação
Atualização:

Em suma, "apesar do seu temperamento", "a despeito de não concordar com ele", destaque-se sua "coragem e determinação de luta", com os votos de "um novo tempo e de um futuro melhor para o povo venezuelano"... Sem mais, subscrevem tais formalidades os presidentes Barack Obama e François Hollande, o rei Juan Carlos, a chanceler Angela Merkel etc., etc.. etc.

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O ex-presidente George W. Bush, a quem Chávez identificava como o diabo em pessoa, preferiu se fingir de morto para não falar do falecido. Mandou dizer que não estava aos jornalistas - ô, raça! - que telefonaram para repercutir o obituário.

Só o humor não fez concessões e, entre as piadas de velório, a melhor, até pela inocência da molecagem, virou manchete do tabloide carioca 'Meia Hora': 'Chávez morre sem querer querendo'. Vai dizer que não é boa?!

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