Tutty Vasques
05 de novembro de 2014 | 02h14
A gente reclama de São Pedro, mas imagina se o volume de chuvas em São Paulo fosse regulado pela Bolsa de Valores: o que teria de investidor agora vendendo ações da estiagem para apostar todas as suas fichas nas previsões de mau tempo, acabaríamos o verão com água pelo pescoço após o transbordamento dos reservatórios do Sistema Cantareira.
Sei lá até quando vai ter paulistano aplaudindo a chuva, mas é muito bom saber que quem manda na precipitação não é o mercado. O homem pode até ser o comandante das mudanças climáticas, mas não é capaz de fazer chover – ou não – com manobras especulativas. Se chuva fosse um negócio como outro qualquer, a possibilidade de lucro momentâneo transformaria SP em cidade submersa.
São Pedro não tem, evidentemente, essa ganância, mas também não se dá ao trabalho de inverter o movimento de queda quando a chuva começa a dar prejuízo lá embaixo. Enfim, tomara que a gente não termine o verão com saudades do Sol!
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