Tiro n'água

Tem gente que critica o alto custo do equipamento no mercado internacional - cerca de R$ 1,8 milhão, cada -, mas o grande problema na aquisição pela PM de São Paulo dos veículos blindados antiprotestos com canhão de água é, na hora agá, faltar munição.

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Por Redação
Atualização:

Se o próprio Alckmin já não descarta a possibilidade de racionamento iminente, como o governo vai explicar a falta d'água nas torneiras com todo aquele desperdício jorrando pelo ladrão dos carros de combate da polícia?

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Ainda que haja uma reserva técnica do precioso líquido para uso exclusivo em operações de Segurança Pública, periga o tiro sair pela culatra: em vez de dispersar multidões - função preponderante da traquitana de combate -, capaz reunir à frente dos black blocs um batalhão de donas de casa munidas de baldes na esperança de servirem de alvo para os jatos d'água disparados a esmo.

Enfim, talvez seja o caso de insistir nos métodos de repressão a seco, né não?

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