Vai para o trono ou não vai?

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Por Redação
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Assembleia-Geral da ONU é sempre assim: uma espécie de 'Se vira nos 30' de chefes de estado. Como no bloco dedicado a calouros do Domingão do Faustão, não estão ali os melhores, nem os mais talentosos seres do planeta, mas todos têm lá um tempinho para fazer seu número internacional. Pode ser um truque, uma graça, uma careta assustadora, uma imitação de George Washington ou só pose de Napoleão Bonaparte. Vale, também, mímica pacifista, ilusionismo democrático ou pura maluquice de estadista.

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Gafe, grito de alerta, grosseria, apelo dramático, delírio, gaguejada, proposta de desarmamento, erro de figurino, ameaça de sanção, tropeção ou mero exibicionismo de oratória, vale tudo para aparecer numa multidão de estadistas como esta que se reuniu dia desses em Nova York.

Nada do que surge nas Nações Unidas, assim como no Domingão do Faustão, tem compromisso com a posteridade. Vale a foto do dia seguinte, e olhe lá! Ano que vem, ninguém vai se lembrar que Muamar Kadafi passou uma hora e meia tentando dizer que estava ali só para dar cartão vermelho à humanidade. Justiça seja feita à conversa fiada do líder líbio, Barack Obama também falou que "é tempo de o mundo se mover em direção a uma nova era de respeito mútuo e interesses comuns", sem explicar se vamos fazer isso caminhando e cantando ou só de mãos dadas.

Mas até que, para programa de calouros, esta última Assembleia-Geral da ONU não foi das piores. Ou não, né?

Publicado na coluna Ambulatório da Notícia do caderno Aliás deste domingo no 'Estadão'.

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