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Diversidade e Inclusão

"A diversidade no mercado de trabalho só traz benefícios para as empresas"

Clínica no RJ, que não precisa cumprir a Lei de Cotas, aposta na contratação de pessoas com deficiência. Empresa pretende ampliar o projeto para outras unidades até o fim do ano.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Jovens com deficiência foram contratados (Divulgação)  Foto: Estadão

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O empresário Rone Fernandes procurava parcerias há algum tempo para começar um projeto em seu negócio: a inclusão de funcionários com deficiência. Proprietário e diretor administrativo da Clínica de Assistência Médica Anchieta (Camim), ele defende a diversidade no mercado de trabalho.

"Isso só traz benefícios para as empresas porque abre as portas para pessoas obstinadas a alcançar seus objetivos, mas que ainda têm de enfrentar diariamente o preconceito, a falta de oportunidades e portas fechadas", diz.

E foi uma reportagem na TV que apresentou ao empresário a Beleza Projetos, consultoria que atua diretamente na inclusão de jovens com deficiência intelectual no mercado de trabalho.

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A parceria resultou na contratação de dois jovens com deficiência intelectual, Ruan Gomez e Matheus Pereira, que vão trabalhar na unidade Anchieta (RJ), na função de auxiliar administrativo, quatro dias por semana, completando 16 horas semanais.

Matheus e Ruan têm deficiência intelectual (Divulgação)  Foto: Estadão

A empresa não precisa cumprir a Lei de Cotas porque tem menos de 100 funcionários. "Queremos que eles tenham uma integração bem-sucedida no ambiente de trabalho, pois consideramos de suma importância para o crescimento pessoal e também para a nossa empresa. Esta iniciativa não visa mostrar nada à sociedade. Na verdade, queremos que eles tenham autonomia e tornem-se cidadãos, podendo exercer seus direitos e cumprindo seus deveres", afirma Rone Fernandes.

Para a Beleza Projetos, a contratação de Ruan e Matheus abre uma nova fase. Até o ano passado, 22 jovens e adultos com deficiência intelectual foram incluídos no mercado de trabalho nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como auxiliares de cabeleireiro em salões de beleza.

"Queremos estender nossas atividades para outros segmentos. Começamos no Rio de Janeiro, mas nossa intenção é ampliar para todo o Brasil. O incentivo restrito do governo e a falta de informação dos familiares impedem o acesso de muitos jovens a programas como esse. Pretendemos preencher essa lacuna estimulando principalmente os pais que têm filhos com deficiência intelectual", diz a consultora Flávia Cortinovis.

Flávia Cortinovis, Matheus Pereira, Rone Fernandes e Ruan Gomez (Divulgação)  Foto: Estadão

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