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Diversidade e Inclusão

Brasileiro critica falta de acessibilidade em voo internacional da Avianca

Publicitário que tem tetraparesia e pesa mais de 90 quilos voltava do México para São Paulo e precisou ser carregado por funcionários da companhia aérea porque não havia elevador, rampa ou finger no aeroporto de Cancún. Cliente informou à empresa que tem deficiência, mas não foi colocado em poltrona adequada.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Alexei Schenin publicou post no Instagram para denunciar o descaso. Imagem: Reprodução  Foto: Estadão


O publicitário brasileiro Alexei Schenin, de 43 anos, que tem tetraparesia espástica e usa a cadeira de rodas há 15 anos, avalia se vai acionar a Justiça após passar por uma situação de constrangimento e de risco para a sua segurança em um aeroporto do México.

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Schenin estava com a namorada no Aeroporto Internacional de Cancún, onde pegou um voo da Avianca Internacional (AV969) às 13h48 desta quinta-feira, 24, para voltar a São Paulo, com escala em Lima, no Peru. Acostumado às regras das companhias, ele informou na compra da passagem que tem uma deficiência

"Chegamos no aeroporto e pedimos informações sobre o portão de embarque. O funcionário nos informou que seria feito pelo andar térreo, que não havia elevador para entrar no avião, mas que não era necessário se preocupar porque 'quatro pessoas capacitadas' fariam esse trabalho", diz o publicitário.

"As quatros pessoas não eram capacitadas, entre elas havia um idoso, e o embarque foi muito complicado. Eles me colocaram em uma cadeira específica, que tem um cinto de segurança, mas é muito precária. Quase me derrubaram pela escada e, diferente do havia sido informado, o embarque não foi prioritário".

Com mais de 1,90m de altura e pesando 90 quilos, Schenin ressalta que pediu aos comissários de bordo para usar uma poltrona na primeira fila, algo comum no Brasil para passageiros com deficiência, mas isso foi negado. "Os assentos do meio são muito apertados e, apesar do meu tamanho, os funcionários da companhia aérea disseram que não seria possível mudar porque o avião estava lotado, mas havia muitas cadeiras vazias", diz o publicitário. "A única mudança que fizeram foi retirar o passageiro sentado na minha frente para melhorar o espaço para minhas pernas".

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Outro problema relatado pelo brasileiro em Cancún e também em Lima é a barreira do idioma. "É muito difícil conversar, explicar os detalhes, falar com as pessoas. É realmente horrível".

Brasileiro pegou voo da Avianca Internacional (nº 969) às 13h48 desta quinta-feira, 24, para voltar a São Paulo, com escala em Lima, no Peru. Imagem: Arquivo Pessoal/Alexei Schenin Foto: Estadão


RESPOSTA - O #blogVencerLimites entrou em contato com Aeroporto Internacional de Cancún por meio de mensagens enviadas aos dois e-mails informados na página do terminal na internet, mas não houve resposta.

Procurada, a Avianca Brasil afirmou que é independente e tem operações separadas da Avianca internacional, responsável pelos voo usado pelo brasileiro. Dessa forma, pedimos explicações à Avianca Internacional e aguardamos resposta.

REGRAS - A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) informou ao blog que só pode intervir em casos que ocorram em solo nacional e os operadores aéreos sejam brasileiros. "A agência sempre orienta que os passageiros verifiquem o contrato de transporte e também as regras do país de embarque. É importante esclarecer que cada país possui suas próprias regras. Não há uma regra internacionalizada. Por esse motivo, o passageiro deve estar atento às regras vigentes do país de origem, pois essas valerão, pelo princípio da extraterritorialidade", destacou a agência em nota enviada por e-mail.

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