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Diversidade e Inclusão

"O Brasil é uma potência mundial do esporte paralímpico"

País obteve no Parapan 2015 seu melhor desempenho na história da competição. Para o chefe da missão brasileira, resultado é fruto de investimento e planejamento.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
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Edilson Alves da Rocha (Tubiba), chefe de missão brasileira no Parapan 2015, e Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, durante entrevista coletiva em Toronto (Canadá). Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

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"A vitória do Brasil no Parapan 2015 - melhor desempenho de uma delegação brasileira na história da competição - é fruto de anos de planejamento e trabalho", diz Edilson Alves da Rocha (Tubiba), chefe de missão brasileira no torneio e diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). "A partir de 2009, nos últimos dois ciclos (período de quatro anos entre cada edição dos Jogos Paralímpicos), mantivemos um planejamento estratégico que envolveu mudança de procedimentos para acabar definitivamente com a estrutura precária e montar uma equipe multidisciplinar, com remuneração correta. Esse processo é feito com a iniciação dos atletas e busca o desenvolvimento constante para alcançar um altíssimo rendimento", explica.

Tubiba afirma que o investimento público nos atletas com deficiência transformou o Brasil em uma potência mundial no setor. Ele cita o patrocínio federal, por meio da Caixa Loterias, que repassa R$ 30 milhões por ano ao esporte paralímpico. "Esse apoio é fundamental para o aprimoramento diário dos atletas. É preciso manter o rendimento e, para isso, estão incluídos no trabalho médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, psicólogos, nutricionistas, e professores de Educação Física com especialização em biomecânica". ressalta o coordenador.

Brasil obteve no Parapan 2015 seu melhor desempenho na história da competição. Na imagem, o time do Futebol de 7, que ganhou a medalha de ouro. Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPB

Edilson Rocha também credita o sucesso da equipe brasileira a programas como o Clube Escolar Paralímpico, voltado para as categorias de base, e o Projeto Ouro, destinado aos melhores das modalidades individuais com potencial para ganhar medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos. "No Projeto Outo, 97% dos atletas atingiram a meta proposta, ou seja, a medalha de ouro. É uma ação tão positiva que motivou a criação da Bolsa Atleta Pódio (instituída no Programa Atleta Pódio pela lei nº 12.395, de 16 de março de 2011)", diz.

Os Jogos Paralímpicos de 2016 vão mudar a forma como o Brasil entende a pessoa com deficiência

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Toda essa estrutura permite a participação brasileira em competições internacionais. "Quanto mais você enfrenta seus adversários, mais você melhora", afirma Tubiba. "Nós olhamos cada modalidade de forma individual e buscamos superar países como Austrália, Ucrânia e Grã-Bretanha. Hoje podemos dizer que competimos em total igualdade, por exemplo, com os Estados Unidos. E, além de todo esse apoio, o talento dos atletas de fundamental", comenta.

Para o chefe da missão brasileira no Parapan 2015, o esporte é uma ferramenta primordial na reabilitação e na recuperação da autoestima de pessoas com deficiência. "Quando você usa a atividade esportiva para reabilitar, o centro das atenções não é o motivo da reabilitação, a causa da deficiência, mas sim as conquistas que aquela pessoa vai alcançar. Essa diferença é transformadora", afirma Edilson Alves da Rocha. Ele acredita no legado dos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. "Vai mudar a forma como o País entende o universo da pessoa com deficiência. O exemplo estará na porta de casa', diz.

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