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Diversidade e Inclusão

Coronavírus: campanha arrecada comida e itens de higiene para famílias de pessoas com deficiência

CONTEÚDO ABERTO PARA NÃO-ASSINANTES: Medidas de isolamento social impedem atuação de instituições que cuidam da população com deficiência mais vulnerável. ASID Brasil promove ação para apoiar grupos excluídos durante a pandemia da covid-19. Iniciativa já conseguiu ajudar 371 famílias. Valor mensal para cada residência, usado na compra de cestas básicas, é de R$ 200.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
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A população com deficiência que vive em situação de extrema vulnerabilidade, em condições de miserabilidade, está ainda mais excluída por causa das medidas de isolamento social impostas pela pandemia do coronavírus. Em muitos casos, todos que moram na mesma residência estão desempregados e a subsistência é mantida por programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

São pessoas com deficiência que dependem totalmente do apoio de instituições para comer, tomar remédios e manter tratamentos mínimos de saúde. E essas instituições estão impedidas de atuar por causa das restrições à mobilidade e às aglomerações.

Para apoiar essas famílias durante as ações de combate à covid-19, a Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID Brasil), que dá suporte a uma rede com 172 instituições para pessoas com deficiência, trabalha desde o mês passado em uma campanha de doações.

O valor médio por mês para cada residência é de R$ 200, usados para levar às famílias vulneráveis cestas básicas com itens de alimentação e higiene. Até agora, segundo a ASID Brasil, 742 kits já foram distribuídos. As doações são feitas por meio da página da associação (clique aqui). A meta é arrecadar R$ 362 mil.

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De acordo com a prestação de contas da campanha (clique aqui), 1.321 pessoas físicas e jurídicas já contribuíram com mais de R$ 190 mil, o que permitiu ajudar 371 famílias. O mapeamento feito pelo grupo, no entanto, já identificou 906 famílias de pessoas com deficiência que precisam de apoio.

Esse levantamento, feito entre 23 de março e 3 de abril, encontrou grupos em Alagoas (137), Mato Grosso (72), Paraná (169), Rio de Janeiro (54) e São Paulo (432), além 42 famílias no Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Santa Catarina.


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A Organização das Nações Unidas fez um alerta mundial sobre o abandono das pessoas com deficiência durante a pandemia.

No texto publicado em vários idiomas, a relatora especial da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, Catalina Devandas, afirmou que "pouco foi feito para fornecer as orientações e apoios necessários às pessoas com deficiência para protegê-las durante a atual pandemia do COVID-19, apesar de muitas delas pertencerem ao grupo de alto risco".

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