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Diversidade e Inclusão

Estudante cria prótese que 'conversa' com o braço

Aluno adaptou pulseira MYO, que capta e transmite os impulsos elétricos emitidos pelo braço do usuário. Equipamento impresso em 3D pesa pouco mais de 500 gramas e deve ter preço acessível. Projeto de iniciação científica na ESPM está em fase testes.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:


O estudante Ian dos Reis, de 21 anos, aluno da ESPM, em São Paulo, criou uma prótese para braço que se comunica eletronicamente com o corpo do usuário. O jovem está no quarto ano do curso de graduação em Tech e desenvolveu o equipamento em seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

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A prótese, impressa em 3D, usa a tecnologia aplicada na Internet das Coisas, ou (IoT) Internet of Things, usada em videogames, apresentações multimídia, eventos, shows e drones. O equipamento tem base na pulseira MYO, que capta os movimentos elétricos dos músculos distais (entre o cotovelo e a mão) e envia sinais para transmissores instalados no braço mecânico.

O trabalho integra o projeto de iniciação científica do estudante. Após o encerramento da primeira fase, que englobou sistemas de informação, uso da pulseira, aplicativo e impressão do braço, já foi iniciada a etapa de engenharia mecânica. Segundo o professor Rodrigo Tafner, coordenador do curso Tech, a previsão é de conclusão em três meses.


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O esquema para construção das peças do braço está disponível de graça na internet (blueprint). De acordo com a ESPM, a produção do protótipo deve custar menos de R$ 1 mil, considerando o uso de materiais mais baratos, o preço da pulseira (MYO), vendida em média por US$ 200, e uma placa Arduíno (R$ 55,00).

A impressão 3D do protótipo no laboratório da universidade durou pouco mais de 20 horas, incluindo palma da mão e polegar, dedos, antebraço superior e inferior, parafusos e suportes, engrenagens e pulso. A prótese pesa 550,06 gramas.

Ainda não é possível determinar qual será o preço do equipamento quando estiver disponivel no mercado, porque isso depende das empresas interessadas na comercialização e dos materias que serão usados.

Atualmente, é possível encontrar próteses vendidas a preços mais acessíveis e também equipamentos de custo muito elevado, conforme exemplos listados na tabela abaixo.



==> Prótese simples Materiais: silicone Funções: apenas estética Preço: R$ 450

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==> Prótese mecânica Materiais: plástico, silicone e aço Funções: abrir e fechar as mãos (sistema de molas) Preço: R$ 2.500

==> Bebionic 3 (mão biônica) Materiais: metal e fibra de carbono Funções: reconhecimento bioelétrico Preço: R$ 92 mil (importado da Alemanha)

==> iLimb (mão biônica) Materiais: fibra de carbono, metal e silicone Funções: reconhecimento bioelétrico, controlada por celular com Bluetooth Preço: R$ 285 mil (importado dos Estados Unidos)

==> Michelangelo (mão biônica) Materiais: melhores possíveis Funções: reconhecimento bioelétrico de alta qualidade Preço: R$ 425 mil (importado da Alemanha)


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