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Diversidade e Inclusão

Estudantes criam games sobre o cotidiano de autistas

Alunos da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, desenvolveram quatro jogos que ajudam a desconstruir estereótipos. Liberados na plataforma Itch.io, simulam diversas situações e mostram como apoiar uma pessoa autista.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

"Jogos podem ajudar a melhorar o comportamento", diz professor. Crédito: Divulgação (descrição da imagem em texto alternativo). Foto: Estadão


Alunos do curso de Engenharia e Jogos Digitais da Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro, criaram quatro games que simulam diferentes situações do cotidiano de pessoas autistas, mostram como reagir diante dessas ocasiões e também explicam como apoiar autistas. Todos estão liberados na plataforma Itch.io.

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A proposta de explicar as dificuldades para a inclusão de pessoas autistas e desconstruir estereótipos, apresentando dinâmicas e problemas do dia a dia.

"Os jogos podem ajudar a melhorar o comportamento em uma entrevista de emprego ou na escola, por exemplo, para que autistas se sintam valorizados", diz Thiago Gabriel, professor de Jogos Digitais e mediador do Laboratório de Robótica da UVA.


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Clique na imagem para acessar a página do jogo 'A Grande Aventura de Ronaldo'. Foto: Estadão


A Grande Aventura de Ronaldo, desenvolvido por Yan Gabriel Telles, tem três fases e mostra de que maneira pessoas autistas observam o mundo, com destaque para toque, barulho e autoridade. O jogador ultrapassa as barreiras cria mecanismos para permanecer calmo em situações de perigo. Se não consegue solucionar os problemas, recomeça a ação, para aprender.

O jogo não tem um game over. A energia é recuperada com balde d'água. O jogo foi criado na plataforma RPG Maker testado por autistas.


Clique na imagem para acessar a página do jogo 'Memory Game'. Foto: Estadão


Memory Game tem somente uma fase, com 18 cartas, para e estimula a memória. São poucos segundos para ver as combinações e selecionar os pares corretos. Lucas Moura Silva, Pedro Vinícius e Kai Paiva desenvolveram o game para ampliar sensações positivas. É indicado para crianças de 5 a 10 anos.


Clique na imagem para acessar a página do jogo 'Guardião Enri'. Foto: Estadão


Guardião Enri aborda a dificuldade de crianças autistas em fazer amizades e os preconceitos enfrentados na escola. Daniel Porto, Bernardo Barcelos e Juliana Gomes criaram quatro fases para conscientizar sobre bullying e mostrar a importância de conversar com os professores.

Nas duas últimas fases, o jogador sempre perde a partida. Uma mensagem afirma é preciso pedir a ajuda de um responsável. Voltado para crianças de 5 a 7 anos, foi desenvolvido em Illustrator e Construct.

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Clique na imagem para acessar a página do jogo 'O Pequeno Mundo de Rai'. Foto: Estadão


O Pequeno Mundo de Rai mostra o lado sentimental de crianças autistas e de que forma elas enxergam o mundo. Arthur Dias, Carlos Magno e Felipe Cipriano elaboraram o game a partir do sonho da personagem principal, que precisa passar por diferentes mundos para resgatar a namorada.

A proposta é mostrar que os autistas podem exercer diversas atividades e que não são limitados. Para passar de fase, é necessário caminhar pelo ambiente, coletar moedas e entrar em portais.

As fases são ambientadas na obra 'Uma Noite Estrelada', de Van Gogh, e têm cores vibrantes. O jogo desenvolvido em Construct é indicado para adolescentes.


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