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O debate sobre políticas públicas para enfrentamento das barreiras às pessoas com deficiência foi excluído do 'I Fórum de Inclusão de Pessoas com Deficiência da Câmara de Itapevi', realizado nesta segunda-feira, 30/9.
Idealizado e construído durante meses por Fabiana Ferreira, do Projeto Ponto de Apoio, o encontro teria painéis sobre os principais problemas da cidade, que abriga um forte parque industrial, mas não consegue incluir de fato seus moradores com deficiência, especialmente no mercado de trabalho local. O #blogVencerLimites acompanhou toda a organização.
O evento, transmitido ao vivo na página da Câmara de Itapevi no Facebook, ficou nas mãos da Escola do Parlamento de Itapevi, que isolou e excluiu a idealizadora da proposta, eliminando o nome do Projeto Ponto de Apoio da divulgação.
Nota divulgada pela assessoria de imprensa da Câmara de Itapevi após a reunião destacou que o fórum teve "a participação de quem vive a falta de inclusão na cidade, especialistas, representantes da iniciativa privada, do terceiro setor e de gestores públicos, para pensar como tornar Itapevi uma cidade mais inclusiva".
Com proposta deturpada e invertida, o que se viu na verdade foi uma tentativa de ganho político com o encontro, que teve uma característica assistencialista, centralizado em histórias emocionantes - com direito a momento de lágrimas coletivas - e a ausência de diversos convidados, entre os quais estão representantes da própria Prefeitura.
Segundo a Câmara de Itapevi, um documento será elaborado a partir dos temas debatidos no encontro.
O evento teve dois períodos, manhã e tarde, com cinco painéis. Participaram o presidente da Câmara de Itapevi, Professor Rafael (Pode); o diretor geral da Escola do Parlamento, Roberto Lamari; os vereadores Aparecido (Pode) e Tininha (PSD), os secretários municipais Rogério de Oliveira (Segurança e Mobilidade Urbana) e Luiza Nasi Fernandes (Saúde); o comandante da Guarda Civil Municipal, Humberto Araújo; além de Ana Maria de Araújo (que tem um filho com o Transtorno do Espectro Autista; Antero Augusto Branco, presidente da Associação dos Deficientes de Itapevi; Infância do Rosário Parada, que tem um neto com paralisia cerebral e autismo; Milton Carvalho da Silva, que tem deficiência auditiva; Rogério de Oliveira, secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana de Itapevi; José Police Neto, vereador de São Paulo; Carlos Jorge Rodrigues, diretor geral da Associação de Surdocegos; Sônia Esteves, coordenadora do Projeto Mutirão do Emprego; Rita Barreto, da empresa B2W Digital; Amabili Canola, terapeuta ocupacional da Secretaria Municipal da Saúde de Itapevi; Nilton Bispo, especialista em Pedagogia Social, e do Procurador do Município de Itapevi, Genival Santos, que é cego.
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