Luiz Alexandre Souza Ventura
20 de dezembro de 2018 | 13h51
IMAGEM 01: Imagem de menino africano com próteses nas pernas ganhou prêmio do Fundo da ONU para a Infância. Entidade faz alerta para humilhações e agressões a crianças com deficiência, além de rejeições por suas próprias famílias. Descrição #pracegover: Menino negro de aproximadamente três anos está sentado em uma pequena mureta, veste camisa amarela, bermuda cinza, tem os cabelos raspados e usa um chapéu de palha sobre a cabeça. Está com um pedaço na mão direita. Tem um olhar distante e pensativo. Crédito: Antonio Aragón Renuncio / Unicef.
A imagem de um menino com próteses nas pernas, registrada na República Togolesa, país africano com oito milhões de habitantes, pelo fotógrafo espanhol Antonio Aragón Renuncio, recebeu o prêmio de ‘Foto do Ano de 2018’, concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O Unicef afirma que ainda é comum que pessoas com deficiência sejam expostas a mitos e discriminações em partes da África Ocidental, especialmente crianças com deficiência intelectual ou física, alvos de humilhações, agressões e até rejeições por suas famílias.
A criança fotografada vive no Centro Saint Louis Orione, na cidade de Bombouaka, onde 70 crianças órfãs recebem tratamento médico, podem brincar e não são consideradas ‘seres inferiores’. A instituição tem o nome de um franciscano italiano que ajudou órfãos no país a partir de 1908 até sua morte, em 1940.
“Mais de 93 milhões de crianças com deficiências moderadas e graves vivem em todo o mundo. Nos países em desenvolvimento, entre as principais causas para essas dificiências estão a desnutrição, a obstetrícia inadequada e falta de vacinação, inclusive contra a pólio”, destaca o Unicef. “Para que essas crianças consigam contar suas histórias, elas precisam ser vistas”, diz o Fundo.
IMAGEM 02: Retrato de bebê de 18 dias, ainda sem nome, levado pelos pais de Myanmar para Bangladesh, ficou na segunda colocação. Descrição #pracegover: bebê está deitado sobre um pano azul e dorme, com os braços abertos. Crédito: Turjoy Chowdhury / Unicef.
Em segundo lugar ficou o retrato de um bebê da minoria rohingya que representa as milhares de crianças apátridas, nascidas em fuga, sem uma certidão de nascimento. A imagem do fotógrafo Turjoy Chowdhury mostra um bebê de 18 dias, ainda sem nome. Seus pais fugiram de Myanmar e buscaram refúgio em Bangladesh.
Pessoas sem certidão de nascimento e nacionalidades encontram barreiras à educação, seguridade social, direito de votar ou à abertura de uma conta bancária. O trabalho infantil, o recrutamento como soldados mirins e condenações sob direto penal adulto são alguns dos perigos para os jovens que não conseguem comprovar sua idade.
A fotografia de Chowdhury faz parte de uma série de retratos tirados num acampamento de refugiados em Cox’s Bazar, no sul de Bangladesh.
IMAGEM 03: Na terceira colocação ficou imagem de menino palestino com doença autoimune que teve antebraços e pernas amputados. Descrição #pracegover: Foto preta e branca do menino com seu avô e de um ativista israelense. O garoto olha para as próteses em seus braços. Crédito: Rina Castelnuovo / Unicef.
Também recebeu a premiação, na terceira colocação, a imagem da fotógrafa israelense Rina Castelnuovo que mostra Mohammed, um menino palestino nascido na Faixa de Gaza em 2009, filho de um ativista do Hamas. A criança tem uma doença autoimune que pode ser tratada em Gaza. Na foto, ele está acompanhado de seu avô e de um ativista israelense.
A mãe decidiu entregar o menino quando ele três meses de vida aos cuidados de médicos em Israel. Apenas seu avô Abu Naim foi autorizado a acompanhá-lo. Uma infecção no corpo do garoto obrigou os médicos a amputar seus antebraços e pernas. O pano de fundo dessa história é o conflito entre israelenses e palestinos.
Com informações da Deutsche Welle.
Para receber nossas notícias direto em seu smartphone, basta incluir o número (11) 97611-6558 nos contatos e mandar a frase ‘VencerLimites’ pelo Whatsapp. VencerLimites.com.br é um espaço de notícias sobre o universo das pessoas com deficiência, integrado ao portal Estadão. Nosso conteúdo também está acessível em Libras, com a solução Hand Talk, e áudio, com a ferramenta Audima. Todas as informações publicadas no blog, nas nossas redes sociais e enviadas pelo Whatsapp são verdadeiras, produzidas e divulgadas após checagem e comprovação. Compartilhe apenas informação de qualidade e jamais fortaleça as ‘fake news’. Se tiver dúvidas, verifique.
Mande mensagem, crítica ou sugestão para blogVencerLimites@gmail.com
Acompanhe o #blogVencerLimites nas redes sociais
Facebook – Twitter – Instagram – LinkedIn – Google+ – YouTube
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.