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Diversidade e Inclusão

Grupo ataca live com Maria da Penha sobre violência contra a mulher com deficiência

Lei que tem o nome da ativista coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. Vídeo transmitido pela Prefeitura de Fortaleza no Google Meet faz parte das ações da semana de luta da pessoa com deficiência. Invasores publicaram conteúdo pornográfico e declarações editadas do presidente Bolsonaro.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Lei nº 11.340/2006 é chamada de Lei Maria da Penha em homenagem à ativista. Crédito: Reprodução. Foto: Estadão


Um grupo atacou nesta terça-feira, 21/9, uma transmissão ao vivo da Prefeitura de Fortaleza (CE) que tinha como convidada a ativista Maria da Penha Maia Fernandes, líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, que se tornou uma pessoa com deficiência em 1983, após sofrer duas tentativas de homicídio pelo homem com quem era casada.

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A Lei nº 11.340/2006, chamada de Lei Maria da Penha em homenagem à ativista, coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher.

O tema da live era a violência contra as mulheres com deficiência, organizada na plataforma Google Meet, com início marcado para 14h e aberta ao público, mas antes do debate começar houve o ataque.

A conversa era mediada pelo advogado Emerson Damasceno, coordenador especial da pessoa com deficiência, com participação de Christina Brasil, coordenadora da mulher.

"Foi um ataque organizado, com várias fontes, que começaram a publicar vídeos de conteúdo pornográfico e edições de declarações do presidente Jair Bolsonaro", explica Emerson Damasceno.

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A transmissão foi imediatamente interrompida. Na sequência, um novo link foi gerado e a discussão foi retomada, com permissão apenas para participantes conhecidos.

"Após o ataque, conseguimos fazer um debate muito positivo, com informações importantes para as pessoas com deficiência, enriquecidas pelas histórias da Maria da Penha", comenta Damasceno.

"Encaminhamos a denúncia para a polícia e também para o Ministério Público", explica o advogado. Os integrantes do grupo que fez o ataque podem ser identificados pela conta de email ou pelo endereço IP.


Transmissão foi organizada pela Prefeitura de Fortaleza (CE). Crédito: Divulgação. Foto: Estadão


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