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Diversidade e Inclusão

Inquebrável

'Histórias ao Pé do Ouvido', projeto da Samsung, apresenta livro de Fernando Fernandes, tetracampeão mundial de paracanoagem, narrado pelo próprio autor. Confira uma entrevista exclusiva com o atleta.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Para ouvir, faça um cadastro no Samsung Club e ative sua conta no Ubook. Imagem: Reprodução Foto: Estadão


Ouvir um livro ao invés de ler é uma prática comum na rotina de quem tem muitas tarefas diárias e pouco tempo para executar. Mais de que uma ferramenta de acessibilidade voltada a pessoas cegas ou com deficiência visual severa, o audiobook é uma alternativa viável que permite, se você consegue, o acesso à informação e ao conhecimento enquanto o resto do corpo está concentrado em outras atividades.

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O lançamento de 'Inquebrável', escrito pelo atleta Fernando Fernandes, tetracampeão mundial de paracanoagem, em parceria com o jornalista Pablo Miyazawa, pelo projeto 'Histórias ao Pé do Ouvido', da Samsung, ratifica essa evolução. O livro conta detalhes da reabilitação do atleta após o acidente de carro no qual ele sofreu uma lesão na coluna e perdeu o movimento das pernas, sua a dedicação ao esporte e a fundação do instituto que leva seu nome.

Para ouvir, faça um cadastro no Samsung Club e ative sua conta no Ubook. O acesso ao livro é grátis por seis meses.

SERVIÇO Inquebrável (audiobook) Autores: Fernando Fernandes e Pablo Miyazawa Duração: 400 minutos (5 horas e 50 minutos) Narração: Fernando Fernandes Editora: Paralela Projeto: 'Histórias ao Pé do Ouvido' (Samsung)


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Fernando Fernandes conta detalhes de sua reabilitação após o acidente de carro no qual sofre uma lesão na coluna e perdeu o movimento das pernas, a dedicação ao esporte e a fundação do instituto que leva seu nome. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


O blog Vencer Limites publicou em 27/01/2014 uma entrevista exclusiva com o atleta, na época com 32 anos. Quase cinco anos após sofrer um acidente de carro que o tornou paraplégico, ele viajaria no dia seguinte para a Europa, onde visitaria Áustria e Portugal para concretizar o projeto de uma nova canoa. Foi sua a primeira viagem ao exterior totalmente sozinho após o acidente.

Fernando Fernandes foi jogador de futebol profissional, praticou boxe amador e trabalhou como modelo, além de frequentar a faculdade de Educação Física.

"Nessa época eu já planejava o momento certo de encerrar a vida de modelo, concluir a faculdade e viver do esporte. Ainda não sabia como iria concretizar tudo isso, mas o plano existia", conta.

Quando "caiu a ficha" sobre a paraplegia, ele percebeu a necessidade de um 'plano B' e sabia que o esporte seria fundamental nessa nova fase. "Cheguei a pensar que buscar alternativas seria como se eu estivesse desistindo de andar", comenta o atleta. Foi quando ele conheceu o trabalho da Rede Sarah que o "mundo se abriu".

"No Sarah há um trabalho de reabilitação muito bom, que tem base na capacidade do indivíduo. É a cabeça que determina o ritmo de uma pessoa com deficiência, não é o corpo. O que define isso é a vontade. A deficiência, a dificuldade e a limitação são apenas obstáculos a serem vencidos", disse Fernando.

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O 'plano B' apresentou Fernando à paracanoagem e ao esporte adaptado. Também mostrou a realidade enfrentada pelas pessoas com deficiência no Brasil. Ele afirma ter encontrado na modalidade uma mistura de liberdade e redescoberta da capacidade.

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"O que falta aqui é fiscalização e respeito, às leis e às pessoas, aos idosos, aos obesos. Você vê novos empreendimentos que não têm qualquer acessibilidade. Isso cria constrangimento. E muita gente, para evitar esse constrangimento, prefere não ir aos locais onde não há acessibilidade", ressalta.

Uma forma que ele encontrou de usar a paracanoagem para mostrar ao País que pessoas com deficiência podem fazer muito, mas políticas públicas e iniciativas particulares são fundamentais, foi criar o Instituto Fernando Fernandes Life, para se dedicar a mostrar o esporte, incentivar a prática e trabalhar a base.

Sobre comparações do Brasil com outros países, no que diz respeito às pessoas com deficiência, Fernando afirma que, lá fora, o cidadão sabe que vai sair de casa e conseguirá chegar onde pretende.

"Aqui, se você não tem carro, se depende de transporte público adaptado, muitas vezes tem a certeza de que não conseguirá ir até o local que precisa. E mesmo com o carro, entrar em determinados locais é impossível. Por isso, tem muita gente que nem sai de casa".

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