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Diversidade e Inclusão

Justiça e o atendimento humano às pessoas com deficiência

"Pessoas com deficiência têm o direito de controlar as próprias finanças e estão asseguradas para que não sejam arbitrariamente destituídas de seus bens", diz advogada da Apae de São Paulo. Instituição promoveu seminário sobre mediação que destacou a luta por emancipação e o protagonismo da pessoa com deficiência.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:


"No início, as pessoas com deficiência viviam apenas em casa e nas instituições. Era a institucionalização. Depois avançamos, mas ainda dentro das organizações. Passamos a eliminar barreiras na sociedade para uma vivência social em comunidade. Atualmente, lutamos pela emancipação, do protagonismo da pessoa com deficiência, dona da sua própria história".

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As avaliações da assistente social Lilian Cruz, da Apae de São Paulo, fazem parte do 'I Seminário de Mediação Assistiva: como gerir conflitos no contexto da pessoa com deficiência', promovido pela instituição no último dia 25 de abril, em parceria com a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e o Centro Judiciário de Solução de Conflitos em Segunda Instância e Cidadania (CEJUSC) do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O evento abordou o contexto histórico e a luta pela conquista de direitos da pessoa com deficiência intelectual, esclareceu questões sobre a prática da mediação assistiva, uma alternativa para solução de conflitos, que busca facilitar o diálogo entre as partes e chegar a uma boa solução para todos, sem que seja preciso acionar a Justiça.

A advogada Fernanda Tavares, do serviço de Defesa e Garantia de Direitos da Apae de São Paulo, chamou atenção para a evolução legislativa e a criação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015).

"As pessoas com deficiência têm o direito de controlar as próprias finanças à luz da lei", afirmou a advogada. "Estão asseguradas para que não sejam arbitrariamente destituídas de seus bens", ressaltou a especialista, que tratou também da decisão apoiada da pessoa deficiência intelectual.

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"Terá apoio de até duas pessoas de sua escolha para auxiliá-lo a gerir seu próprio dinheiro ou bens, o que é chamado de tomada de decisão apoiada", disse Fernanda Tavares.



Para a juíza Adriana Menezes Bodini, da 1ª Vara de Família do Foro Regional de Jabaquara e coordenadora do CEJUSC, a mediação de conflitos representa um grande avanço no judiciário no contexto da pessoa com deficiência.

"Percebíamos que além da morosidade da Justiça, as pessoas não eram atendidas de forma humana, o que prejudicava mais ainda os laços afetivos e o emocional das partes envolvidas. A mediação surge como alternativa que soluciona os problemas de forma empática e rápida", destacou a magistrada.

Também participaram do evento representantes da Fundação Dorina Nowill para Cegos, da Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual (LARAMARA ) e a Derdic, da Fundação São Paulo, que compartilharam desafios e dicas para mediação envolvendo pessoas com deficiência visual e auditiva e suas famílias.

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