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Diversidade e Inclusão

Livros digitais em Libras

Equipamento usado na educação de crianças tem aplicativo 'contador de histórias' que vai ganhar interpretação na Língua Brasileira de Sinais. Proposta é que a criança surda possa vivenciar o mesmo momento lúdico que todas dentro da sala de aula. PlayTable tem arco completo de recursos de acessibilidade.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Recurso de Libras começa e ser incorporado automaticamente à PlayTable em maio. Imagem: Divulgação Foto: Estadão

Instituições que usam a mesa digital PlayTable no processo de ensino e aprendizagem de seus alunos terão, a partir de maio, recursos de acessibilidade para auxiliar na alfabetização de crianças com deficiência auditiva. Aproximadamente 3 mil equipamentos estão presentes em 800 locais (escolas publicas e privadas, hospitais, clínicas, restaurantes e até casas de festas) nas cinco regiões brasileiras.

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A mesa digital tem um aplicativo 'contador de histórias' que apresenta na tela - com animações, narração, efeitos em áudio e texto - livros de diversos autores.

Analisando a forma como as histórias contribuem para o ensino, a empresa verificou que crianças surdas ou com deficiência auditiva não participavam totalmente do processo de aprendizado. Por isso, foi incluído no aplicativo uma janela com interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Aproximadamente 3 mil equipamentos estão presentes nas cinco regiões brasileiras. Imagem: Divulgação Foto: Estadão

Um detalhe importante dessa inclusão é que o tempo da narração, a passagem das imagens, os destaques do texto e toda a dinâmica da história estão perfeitamente sincronizados com a interpretação em Libras, o que permite à criança surda acompanhar tudo exatamente na mesma velocidade da ouvinte. Em muitos casos, o intérprete de Libras segue a narração, mas o áudio está sempre à frente dos sinais, o que pode representar uma desvantagem para pessoas que não escutam.

"Um livro é formado por vários elementos - escrita, visual e enredo - e o professor sabe quando precisa repetir uma frase, uma palavra, ou voltar em uma cena para recontar a história. O aplicativo tem vários recursos para adiantar, retroceder, pausar o vídeo e a criança, mesmo sozinha, pode interagir com o player e ver novamente uma parte específica da história, com a Libras totalmente sincronizada", explica Cristiano Sieves, especialista em ludopedagogia da Playmove, empresa que fabrica a comercializa a PlayTable.

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"A proposta é que a criança surda possa vivenciar o mesmo momento de contação da história e o mesmo momento lúdico que todas dentro da sala de aula", diz Sieves. O recurso de Libras começa e ser incorporado automaticamente à PlayTable em maio. E o lançamento oficial será feito na Bett Educar.

Cristiano Sieves é especialista em ludopedagogia da Playmove, empresa que fabrica a comercializa a PlayTable. Imagem: Divulgação Foto: Estadão

"No caso das crianças surdas ou com deficiência auditiva, sempre tivemos uma atuação semelhante ao que é trabalhado para aquelas que conseguem escutar. Desenvolvemos jogos que, mesmo se tirarmos o som, a criança que não ouve pode participar desses momentos de ludicidade e desenvolver suas habilidades", ressalta Sieves.

"O recurso de Libras ainda não estava incluído na PlayTable porque nos jogos com elementos sonoros, esses elementos não são fatores determinantes e a criança surda consegue jogar em condições iguais que as demais. Neste caso, o som não representava uma vantagem", diz o especialista.

"A inclusão é uma questão muito forte na PlayTable. Nossa meta é criar ferramentas que possam ser usadas pelo maior número possível de crianças, com ou sem limitações. Por isso, procuramos sempre uma tecnologia de toque acessível, com a tela grande e os elementos dentro dela em tamanho maior", conclui Cristiano Sieves.

Mesa digital tem aplicativo 'contador de histórias' que apresenta livros de diversos autores. Imagem: Divulgação Foto: Estadão
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