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Diversidade e Inclusão

Máscaras transparentes geram renda para costureiras e promovem acessibilidade

Modelos de algodão são laváveis e têm visor que não embaça na região da boca. Equipamentos permitem leitura labial e humanizam o convívio ao mostrar sorrisos e expressões faciais. Fundação Grupo Volkswagen e BASF apoiam produção. Itens vendidos a preço de custo fortalecem negócios familiares na pandemia.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
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Atualizado em 13/7/2020 às 19h - Costureiras do ABC Paulista ligadas ao empreendimento social Divina Agulha, com sede em São Caetano do Sul, estão em plena atividade na pandemia de covid-19. O trabalho na crise provocada pelo coronavírus é centralizado na produção de 100 mil máscaras com uma característica importante e específica. Os modelos em algodão têm na região da boca uma lâmina transparente, o que permite ver durante a fala movimentos do rosto, expressões e até sorrisos. É uma dinâmica fundamental para pessoas com deficiência auditiva que fazem leitura labial.

Com o uso obrigatório das máscaras de proteção em todo o País, a leitura dos lábios, única maneira para muitos surdos entenderem o que outras pessoas estão falando, se tornou impossível, especialmente nos telejornais, com repórteres de rosto coberto do nariz ao queixo.

Desde o começo da pandemia, surgiram em vários países ideias para confecção de itens transparentes que mantêm pessoas com deficiência auditiva na conversa. Essa foi a inspiração de um estudante de mestrado em gestão da inovação da Universidade Federal do ABC. O aluno trabalha na Volkswagen Financial Services, empresa de governança da Fundação Grupo Volkswagen, e apresentou à instituição a ideia de um protótipo.

A Fundação Grupo Volkswagen, que tem várias iniciativas, inclusive ações para pessoas com deficiência, coordena o projeto 'Costurando o Futuro', voltado à empregabilidade e ao empreendedorismo em comunidades com a formação profissional em costura. As famílias vendem bolsas, mochilas e outros acessórios feitos de tecidos automotivos doados pelo Grupo VW e fornecedores, produzidos com a técnica do upcycling.

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Descrição da imagem #pracegover: Foto de uma mulher manuseando uma máquina de costura. Crédito: Divulgação.  Foto: Estadão


O primeiro protótipo da máscara transparente, testado por pessoas com deficiência, tinha um problema: o visor embaçava. Com essa dificuldade em mãos, a Fundação procurou a BASF, que incluiu no projeto um de seus parceiros, a Parnaplast, e criou um filme plástico antiembaçante.

VW e BASF doaram matéria-prima para a produção das mais de 100 mil máscaras e as famílias do ABC Paulista estão à frente de suas máquinas de costura para entregar as primeiras encomendas, feitas pela própria BASF e por associações de pessoas com deficiência auditiva.

São 100 pessoas trabalhando na confecção. As máscaras são vendidas a preço de custo e toda a renda fica com as famílias. As costureiras já haviam produzido 120 mil modelos tradicionais de algodão, encomendados por empresas do Grupo Volkswagen, concessionários e fornecedores.

Quem tiver interesse em comprar pode fazer o pedido direto pela internet, com a opção de adquirir 5, 10, 100 ou 1.000 unidades (clique no número). Para informações sobre outras formas de obter o produto, entre em contato com a Fundação Grupo Volkswagen (clique aqui).

Entre a primeira publicação dessa reportagem, no sábado, 11, e a atualização desta segunda-feira 13, as costureiras receberam mais de 1.000 pedidos.

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