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Eduardo Gontijo nasceu em um ambiente musical. Sua família tem oito músicos. Ele participa de rodas de samba desde bebê e começou a tocar pandeiro ainda nos primeiros anos de vida, instrumento que o acompanhou em muitos encontros. Na sequência, descobriu o cavaquinho e, por sua habilidade, ganhou o apelido de Dudu do Cavaco.
Os estímulos constantes o levaram a participar de diversos grupos. Atualmente, com 25 anos, faz parte do 'Trem das Onze'. Além de músico, é ator e palestrante. Dudu tem Síndrome de Down. Sua história está no documentário 'No Compasso do Amor', que será lançado em dezembro. "Quando estou tocando, pego a minha emoção, coloco no meu cavaquinho e jogo para todo mundo. E me sinto feliz", diz Dudu, que toca sete instrumentos. Seu maior sonho é conhecer e tocar com Roberto Carlos.
A facilidade que Eduardo demonstrou desde pequeno para memorizar números foi o ponto de partida de um método de ensino criado pelo músico Hudson Brasil, seu professor de cavaco já há seis anos, para apresentar a Dudu as notas musicais, os compassos e as batidas.
Além do filme, a trajetória do artista está também nos livros 'Mano Down: relatos de um irmão apaixonado' e 'Não importa a pergunta, a resposta é o amor', além de uma terceira publicação que reúne depoimentos, todos escritos por seu irmão Leonardo Gontijo.
Autor de mais de 40 canções (ouça aqui), Dudu lança em 2016 um CD que terá a participação de diversos convidados, como Marco Túlio e Rogério Flausino, do Jota Quest, além de Thiago Delegado, Aline Calixto e Hudson Brasil.
Mano Down - Criado para apoiar a carreira de Dudu do Cavaco, o projeto busca a inclusão de fato, por meio da aceitação das diferenças. A meta do trabalho é abrir espaços para que pessoas com deficiência mostrem suas habilidades e talentos muitas vezes escondidos ou com pouco espaço para expressão social.
"Sabemos que a invisibilidade social imprime um tipo de sofrimento que fere o cerne da dignidade humana. Mesmo que muitas pessoas com deficiência já participem do mercado de trabalho ou possuam uma vida ativa em outras áreas sociais, pensamos que uma parte da existência deles clama por um lugar de maior expressão e participação. Queremos minimizar a invisibilidade social para que as pessoas com deficiência tenham liberdade para dirigir a própria vida, mesmo que, para isso, seja necessário suporte por parte de amigos, familiares e de outras participações sociais, para que essas pessoas possam fazer suas próprias escolhas e projetos de vida", diz a organização do projeto.
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