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Diversidade e Inclusão

Novo atendimento do Pão de Açúcar dá autonomia a pessoas com deficiência

Projeto tem funcionários treinados para receber, orientar e acompanhar clientes. Solicitação é feita pelo aplicativo da startup Inclue. Duas unidades da rede já oferecem o serviço.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

 


Duas unidades do Pão de Açúcar são as primeiras da rede a oferecer atendimento especializado para pessoas com deficiência, idosos e clientes com necessidades específicas. "O serviço está funcionando desde junho. Essa ideia surgiu no meio do ano passado, apresentada por um gerente que buscava mais acessibilidade para a loja que ele comanda", explica Monique Betto Cavaletti, líder de inovação do GPA.

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A meta é dar autonomia a quem vai fazer compras, mas tem dificuldades e depende de um acompanhante. É o caso de Isabel Cristina, de 64 anos, que ficou cega há 17 anos e, nesse período, nunca havia ido ao supermercado por conta própria.

"Foi importante porque fiz minhas compras sozinha, o que é fundamental para a pessoa com deficiência. Essa independência é promissora e ter a orientação de gente capacitada facilita muito", comenta a cliente, que mora em São Caetano do Sul, na Grande SP, bem perto da loja da Rua Maranhão, nº 975, no bairro Santa Paula, onde o atendimento inclusivo está implementado.

A outra unidade fica em São Paulo, na Avenida Washington Luís, nº 3.919, em Santo Amaro, exatamente a loja onde trabalha o gerente que lançou a ideia durante o GPA Labs, uma reunião dos embaixadores de inovação do grupo.

A rede tem 57 mil funcionários, sendo 4,7 mil com deficiência, distribuídos por 874 lojas do Pão de Açúcar, Minuto Pão de Açúcar, Extra Hiper, Mercado Extra, Mini Extra e Compre Bem.

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Monique Cavaletti explica que o grupo pretende capacitar todos os empregados para ampliar o atendimento especializado. "Essa expansão ainda está em avaliação, com acompanhamento do dia a dia. De qualquer forma, já estamos causando um efeito em cadeia no mercado, estabelecendo um novo padrão de qualidade", afirma a líder de inovação do GPA.

O treinamento e a concretização do projeto foram feitos em parceria com a startup Inclue, especializada em experiência de consumo no varejo para pessoas com deficiência e idosos, fundada por Rodrigo Piris, autista, e Sonny Pólito, que é cego.

Até agora, 20 funcionários foram treinados e 11 atendimentos feitos, inclusive da cliente Isabel Cristina, na loja de São Caetano do Sul. "Um ponto em comum entre esses clientes é que nenhum jamais recebeu esse tipo de atenção", diz Sonny Pólito. "O sistema já nasceu bastante abrangente porque foi criado por pessoas com deficiência. Visitamos 40 estabelecimentos e conversamos com mais de 200 pessoas que têm diversas deficiências", ressalta Pólito.

Para solicitar o serviço, é necessário instalar o aplicativo da Inclue (Android e iOS), fazer o cadastro, agendar o serviço e aguardar a confirmação da data marcada.

Na fase atual do projeto, é obrigatório marcar horário, mas o GPA garante que ninguém terá atendimento recusado nas duas unidades se pedir ajuda sem usar o aplicativo.

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A nova modalidade de atendimento também pode acabar criando oportunidades para quem está em busca de trabalho, porque deve surgir dessa inovação uma nova função no mercado, um trabalho feito com personalização, habilidade e vocação que podem fazer parte do currículo e se tornarem um diferencial profissional.


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