Luiz Alexandre Souza Ventura
03 de março de 2022 | 13h00
“Neste momento, as pessoas com deficiência são o grupo mais afetado pela guerra na Ucrânia”, alertou Tanya Herasymova. Foto: Reprodução.
A ativista ucraniana Tanya Herasymova, coordenadora do projeto ‘Fight For Our Right’, afirmou à imprensa internacional que pessoas com deficiência que não conseguem fugir dos ataques das tropas russas à Ucrânia estão morrendo sem qualquer chance de defesa.
Refugiada na Polônia desde o começo da guerra, Herasymova tenta arrecadar recursos e reunir voluntários para montar operações de resgate. Ela tem feito contato com instituições da Moldávia, Eslováquia, Romênia, além da própria Polônia, com a meta de garantir a chegada de pessoas com deficiência às fronteiras desses países.
A ativista disse que nunca teria chegado tão longe sem a ajuda de voluntários. “Funcionários da estação de trem me ajudaram, me carregaram pelas escadas”.
Ela relatou que a viagem no trem lotado, junto com a mãe, que usa muletas, foi “terrível”, enquanto aviões militares sobrevoavam a região.
“Neste momento, as pessoas com deficiência são o grupo mais afetado pela guerra na Ucrânia, presas e morrendo. Fomos deixados para trás”, alertou Tanya Herasymova.
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