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Diversidade e Inclusão

Policiais militares com deficiência criam rede de ajuda na pandemia

Mais de 2 mil cestas com alimentos, álcool em gel e máscaras foram distribuídas para famílias de PMs ativos e inativos que contrairam a covid-19. Iniciativa de associação tem apoio de empresas e doadores individuais.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
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Uma iniciativa da Associação dos Policiais Militares com Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP) já distribuiu mais de 2 mil cestas com alimentos, álcool em gel e máscaras para famílias de PMs ativos e inativos que contrairam a covid-19.

"Desde o início da pandemia, policiais militares têm trabalhado nas ações de combate ao coronavírus. Além de arriscar a vida para proteger a população e cumprir as atribuições do dia a dia, os profissionais atuam também para fiscalizar aglomerações e orientar pessoas a ficarem em casa como forma de prevenção", diz Antonio Figueiredo, presidente da associação.

"Nossa categoria também está na linha de frente no combate à pandemia e todos merecem respeito, reconhecimento. Muitos policiais foram vítimas da covid e, diante de momentos difíceis, toda ajuda é bem-vinda. Como forma de contribuir com os PMs ativos e inativos que enfrentam dificuldades, lançamos uma campanha de arrecadação. E o resultado foi positivo, com a união de muitas pessoas", afirma Figueiredo.

O presidente da APMDFESP explica que a ação teve apoio fundamental de empresas, além de pessoas e representações, da capital e do interior, que se apresentaram para ajudar.

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Descrição da imagem #pracegover: Quatro homens posam junto a um veículo carregado com cestas para doação. Um dos homens está sentado em uma cadeira de rodas. Crédito: Divulgação.  Foto: Estadão


A associação completa 28 anos nesta sexta-feira, 29. Fundada em 1993, é mantida pelos associados. De acordo com a entidade, o Estado de SP tem aproximadamente 7 mil policiais militares com deficiência. Para todos, a instituição oferece reabilitação física e mental, assistência de profissionais da área jurídica e de uma equipe multidisciplinar que inclui médico fisiatra, fisioterapeutas, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicólogos, além de empréstimos de aparelhos ortopédicos, materiais hospitalares, muletas, cadeiras de rodas e de banho, promove ações beneficentes e assistenciais. São mais de 26 mil atendimentos aos associados e seus familiares.

Um exemplo do resultado desse trabalho é o sargento Julio César Deolindo. Após sofrer um acidente de carro durante perseguição em dezembro de 2017, ele encarou um longo processo de reabilitação na associação. O policial fraturou a coluna cervical e ficou tetraplégico por dois meses.

A reabilitação do sargento Deolindo teve suporte de fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, assistente social e psicólogos. Atualmente, ele participa de sessões diárias com a fisioterapeuta Letícia Neves, na representação de Santos, no litoral paulista. Está nessa fase há pouco mais de um ano.

"Ele chegou em junho do ano passado, tinha dificuldade de locomoção, espasmos na coxa, déficit de equilíbrio, diminuição da dorsiflexão (dificultando a marcha), estava sem força na mão direita e dor neuropática", diz a fisioterapeuta.

O tratamento inclui eletroterapia, cinesioterapia (terapia do movimento), treino de marcha e exercícios funcionais. "As sequelas do acidente foram muito graves e ele ainda não há previsão de alta, mas ele se dedica aos exercícios propostos com muita vontade. A reabilitação precisa de trabalho contínuo para obter resultados satisfatórios", explica Letícia.

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Vídeo produzido por Helpvox com a versão da reportagem na Língua Brasileira de Sinais pela tradutora e intérprete Milena Silva.


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