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Diversidade e Inclusão

Psicóloga faz lista com oito medidas para promover a inclusão nas empresas

Tânia Bueno atua há mais de 20 anos na área sócio-educacional. Especialista afirma que é saudável todos terem metas a serem cumpridas dentro da organização. "É preciso considerar a estruturação do processo sistemático de atenção, o acompanhamento e o desenvolvimento dos funcionários para promover a movimentação no sistema de carreira da empresa".

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:
 Foto: Estadão

Um dos maiores desafios do mercado corporativo é conseguir disseminar dentro das empresas a importância da inclusão. Organizações que entendem a diversidade como fundamental para aproximação com seu público alvo conquistam resultados muito positivos e, principalmente, obtêm lucro. Incluir é bom para o caixa.

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No caso da contratação de pessoas com deficiência, para atingir um bom nível de igualdade e saber como proporcionar uma experiência na qual o funcionário e a empresa sejam beneficiados, existem algumas medidas que devem ser adotadas.

Pensando nesse processo, a psicóloga Tânia Bueno, que atua há mais de 20 anos na área sócio-educacional, criou uma lista de providências para incluir, de forma genuína, a pessoa com deficiência. "Essas pessoas têm de fazer parte do time, contribuir profissionalmente com a organização e serem respeitadas como ser humano com potencial, ainda que tenham algumas limitações inerentes à deficiência", diz a especialista.


Acompanhe a lista:

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- Assumir a inclusão como valor corporativo

- Mudar a visão da questão, ou seja, transferir o foco da deficiência para as potencialidades da pessoa com deficiência

- Diluir preconceitos abertos e velados

- Sensibilizar e compartilhar responsabilidades no recrutamento, acolhimento, integração, desenvolvimento e movimentação na empresa

- Abrir espaços adequados em toda a empresa

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- Investir em adaptações ambientais

- Flexibilizar processos e procedimentos

- Predispor-se favoravelmente para receber, contratar, apoiar e desenvolver


A psicóloga Tânia Bueno, sócia fundadora da Egéria Consultoria, é pós-graduada em Psicodrama e Violência Doméstica, e atua a mais de 20 anos na área sócio-educacional. Foto: Divulgação


"Quando falamos de inclusão social nas empresas, é preciso também oferecer as condições adequadas para acolher as especificidades de todos. Muito mais do que cumprir leis, a inclusão de profissionais com deficiência deve resultar em mudanças de conceitos e no modo de ver o mundo", explica a psicóloga.

"Para incluir, é preciso considerar a estruturação do processo sistemático de atenção, o acompanhamento e o desenvolvimento das pessoas com deficiência contratadas, para promover a movimentação no sistema de carreira da empresa. A empresa deve se preparar para a ampliação das oportunidades e ter foco nas potencialidades, mas cobrar resultados, porque é saudável todos terem metas a serem cumpridas dentro da organização", defende Tânia Bueno.

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A psicóloga ressalta que paternalismo e superproteção prejudicam o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo. "A diferença entre as pessoas é o que menos importa. É fundamental estar inserido em um grupo que aceita cada individuo da forma como ele é, com suas competências e limitações, mas tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida".


Grandes empresas assinam pacto pela inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Foto: Divulgação


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