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Diversidade e Inclusão

Quem segura o trator do MEC?

Ministério da Educação 'passa a boiada' e joga o futuro do País aos abutres. Política que oficializa a segregação de estudantes com deficiência e projeto que acaba com a socialização nas escolas são prioridades.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

 


Na semana passada, ganhou força a discussão sobre o homeschooling porque o Ministério da Educação preparou um substitutivo para o projeto de lei que enviou ao Congresso em 2019. O Conselho Nacional de Educação e o Conselho de Secretários Estaduais de Educação são contra. Grupos religiosos estão de olho nas concessões desse formato.

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O ministro Milton Ribeiro, que é pastor presbiteriano e comanda a Primeira Igreja Presbiteriana de Santos, chegou a afirmar que os estudantes não precisam da escola para socializar porque podem fazer isso na igreja. Qual igreja?

Outro projeto que o MEC está enfiando garganta abaixo do País é o decreto presidencial n° 10.502/2020, que institui a 'nova' Política Nacional de Educação Especial, um retrocesso colossal porque oficializa a segregação de estudantes com deficiência em salas e escolas específicas.

O decreto foi suspenso pelo STF, que proibiu qualquer atividade relacionada à PNEE 2020, mas o MEC simplesmente ignorou a ordem e está promovendo o projeto, com eventos oficiais.

Instituições, fundações e organizações ligadas à educação inclusiva são absolutamente contra essa 'nova' PNEE e até a ONU já se manifestou, pedindo a revogação total do decreto.

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Acontece que a Educação não é, nem de longe, uma área de interesse do presidente. Por isso, o MEC está nas mãos dos abutres.

O Ministério da Educação deve aproximadamente R$ 40 milhões à Associação Roquete Pinto porque atrasou pagamentos referentes à TV Escola, à Cinemateca Nacional e à TV INES, emissora com programação totalmente acessível para surdos, com Libras e legendas, que está fora do ar.


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