O preconceito não nasce conosco, mas pode ser construído, estimulando e incentivado no ambiente mais particular. Quando os exemplos externos fortalecem a discriminação, perpetuam a violência e autorizam o ataque, pessoas com deficiência são alvos certos. Em Passo Fundo (RS), uma criança de 8 anos, que tem síndrome de Down, recebeu um bilhete anônimo com três frases: "negro na senzala, gay no armário, retardado na apae".
O conteúdo é acompanhado da sigla B17.
Quem achou o papel foi a mãe da menina, quando arrumava a mochila da filha para mais um dia de aula, em 24 de outubro. "Mostrei para meu marido. E fomos à polícia", contou a médica veterinária Daniela Pimentel Chaves, de 43 anos, em entrevista para a Folha de S.Paulo.
O colégio onde a criança estuda há três anos, Instituto Educacional Metodista, abriu sindicância interna e afirma "condenar veementemente" a ação. "É desumano, racista, homofóbico e agressivo", destacou Rubem Nei da Silva, diretor da escola.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Passo Fundo. "Ainda não temos indicação de autoria, mas vamos atrás, com testes de grafologia", afirmou o delegado Mário Pezzi.
A menina atacada frequentou a Apae de Passou Fundo por três anos. Em nota, a instituição manifestou repúdio ao episódio.
Mande mensagem, crítica ou sugestão para blogVencerLimites@gmail.com
Acompanhe o #blogVencerLimites nas redes sociais