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16% das mulheres apontam assédio na instituição

Por Fernanda Aranda
Atualização:

A mesma pesquisa sobre a segurança brasileira apontou que 16% das mulheres policiais dizem já ter sofrido assédio sexual dentro da instituição, o que significa que passaram por "tentativa constrangedora de obtenção de favores sexuais por parte de superior hierárquico". Ainda que faltem números comparativos para avaliar em outras carreiras qual é a parcela que passou por situações semelhantes, o índice foi considerado alto pelos autores do estudo. "Pode ser o sintoma de uma sociedade machista, de uma polícia machista e de um segmento em que sempre predominaram profissionais masculinos", avalia Renato Sérgio de Lima, secretário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. "Mas o fato é que a entrada da mulher para a segurança pública só modernizou a gestão." A autora da publicação, a professora Silvia Ramos, ressalta que não há parâmetro seguro e comparativo na sociedade para avaliar a situação enfrentada pelas policiais. "Mas pesquisa feita sobre a vitimização da população em geral da Região Metropolitana do Rio mostrou que 3% do sexo feminino já sofreu tentativa de agressão sexual, o que torna alarmante o índice policial."

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