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19 PMs para garantir obra de ponte em favela da zona leste

Deslocamento ocorre após expulsão de construtora de favela e visita de prefeito e secretário

Por Diego Zanchetta
Atualização:

O capitão da Polícia Militar (PM) Robson Cruz, do 39º Batalhão, confirmou ontem que 19 policiais serão destacados para fazer a segurança das obras de uma ponte e de melhorias em uma favela da Vila Carmosina, na zona leste de São Paulo. Há duas semanas, funcionários da Construtora Crisciúma foram expulsos do local por traficantes que não queriam a passagem - que permitirá que carros da polícia entrem para fazer patrulhamento na favela, às margens do Córrego Pintadinho. Segundo informou, no início da noite de ontem, a Assessoria de Imprensa da Subprefeitura de Itaquera, "uma base comunitária móvel com seis policiais; uma viatura comunitária com dois policiais; uma viatura policial 190 com dois policiais; uma viatura da ronda com dois policiais; duas patrulhas com quatro policiais e uma viatura da Força Tática com três policiais" serão destacadas para permanecer no local das obras. À noite, haverá 11 policiais, incluindo "três viaturas 190 com dois policiais cada (seis no total); uma viatura comunitária com dois policiais; e outra da Força Tática com três policiais", informou a assessoria. Procurado, o capitão da PM confirmou o número do efetivo e admitiu que outras partes da região podem ter o número de policiais em patrulha reduzido. "Isso é apenas por um momento, para trazer a sensação de segurança aos moradores no local em obras. As outras áreas não vão ficar sem atendimento, mas não vão contar com a mesma intensidade do policiamento (no dia-a-dia)", afirmou Cruz O capitão argumentou ainda que a PM tem estrutura para ampliar o policiamento em "pontos sensíveis", como o da favela da Vila Carmosina, onde, segundo moradores, traficantes controlam quem entra e quem sai. Apesar de a base móvel ficar ao lado do local em obras, o policiamento será realizado em toda a região e tem por base as estatísticas de criminalidade da área atendida. Os marginais controlam um ponto-de-venda de maconha na esquina das Ruas Senador Georgino Avelino e Arraial do Bonfim, ainda de acordo com uma denúncia da construtora. O caso já é investigado pela 7ª Seccional de Itaquera, onde o delegado-titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Murilo Fonseca, abriu inquérito para apurar o caso. RETOMADA Ontem, funcionários da construtora promoviam a limpeza do terreno onde será erguida a ponte de 6 metros e outras melhorias viárias para facilitar o acesso do bairro à Avenida Itaquera. A obra só foi retomada na sexta-feira da semana passada, após o prefeito Gilberto Kassab (DEM) comparecer à favela com o secretário de Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão. Até amanhã, será realizada a limpeza na área, antes do início da construção, orçada em R$ 156.441,02. Além da ponte, moradores da favela reivindicam a canalização do Córrego Pintadinho. Ao longo do manancial, poluído com esgoto doméstico, a favela tem habitações precárias de madeira, ruas de terra e pilhas de lixo por toda parte.

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