
27 de março de 2010 | 00h00
O levantamento da CNM mostra que 54% dos funcionários do governo do DF recebem mais que 10 salários mínimos, contra 18% dos funcionários estaduais do Paraná - segunda unidade da federação com mais servidores nessa faixa salarial. "É uma bolha que vai estourar em algum momento", afirma o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski. A CNM defende a extinção do FCDF, sob a alegação de que Brasília possui arrecadação própria satisfatória, não sendo mais necessário o auxílio da União.
Intervenção. O "pacote de bondades" anunciado pelo governador Wilson Lima corrobora a tese de intervenção no Distrito Federal, diz o especialista em administração pública José Matias-Pereira, da UnB. "O governador concede aumentos para obter apoio que lhe permita vencer a eleição indireta, piorando o clima de turbulência e reforçando a tese de intervenção", avalia. Para o professor, os reajustes salariais põem em risco as contas do DF, criando problemas para o sucessor de Lima. "O recomendável para qualquer governador interino é que não tome decisões complexas que onerem o orçamento de forma irreversível. Estamos diante de uma gestão temerária que age sem medir consequências."
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