95 cidades do mundo realizam evento; no Brasil, oito municípios participam

PUBLICIDADE

Por Renato Machado
Atualização:

O Sketchcrawl foi realizado sábado simultaneamente em 95 pontos do mundo. Pela primeira vez o Brasil fez parte do evento, com a participação, além de São Paulo, de Florianópolis, Fortaleza, Belo Horizonte, Natal, Goiânia, Santos e Rio. Através de um fórum na internet, as pessoas combinaram de se encontrar e sair pelas cidades. Ontem, muitos participantes já começaram a colocar os resultados dos trabalhos na página www.sketchcrawl.com. Por meio dos desenhos, é possível ver imagens de muitos pontos turísticos conhecidos do mundo, como os americanos ponte Golden Gate, de São Francisco, o Central Park e a estação de trem Grand Central, em Nova York. Há também desenhos que retratam imagens simples do cotidiano das pessoas, como um homem caminhando por um parque em Milão, na Itália; uma grande aglomeração de pessoas, em Estocolmo, na Suécia; ou um comércio de rua em Yamagata, no Japão. Em alguns casos, os participantes enviaram também fotografias dos lugares que desenharam. GUERRA Uma das presenças mais marcantes foi a de Israel, com moradores de Tel Aviv e da Galileia. Na sexta-feira, os participantes do país haviam cancelado o evento em virtude da guerra travada na Faixa de Gaza. Mas de última hora, algumas pessoas decidiram ir para as ruas com os lápis e cadernos para retratar as cidades. "Foi simbólico, porque é um país que está vivendo uma guerra cruel e algumas pessoas resolveram esquecer tudo para sair desenhando a cidade. Uma pena que as condições não permitiram participantes da Palestina", diz Montalvo Machado, que organizou o Sketchcrawl na Vila Madalena. Um dos desenhos postados de Israel foi o do participante identificado como Marcello, da Galileia. Ele retratou uma oliveira, que descreve como um símbolo que traz "esperança". Junto, o israelense enviou ao site do Sketchcrawl a mensagem em inglês: "Paz da Galileia para todos os locais do mundo onde crianças, homens e mulheres morrem. Amanhã pode ser seu filho, sua mulher, seu marido...Por isso devemos viver em paz".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.