A confraria que acabou em pizza

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Por Redação
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Esta é com certeza uma das casas mais antigas da cidade. Os garçons vestem gravata borboleta e jaleco branco, como nos velhos tempos. Tratam a maioria dos fregueses pelo nome e ainda servem à moda paulista, com duas colheres na mesma mão. A pizzaria e cantina Castelões funciona no Brás há 84 anos, e pouco mudou. O local passou apenas por duas reformas, na década de 40. O salão interno ainda abriga os letreiros luminosos com o nome da pizzaria, o que dá um certo charme . A história da Castelões começou a portas fechadas, há 86 anos, como uma confraria de italianos que se reuniam para jogar futebol na Várzea do Carmo. "Eles se trocavam aqui", conta Fábio Donato, de 36 anos, chefe e filho do dono, João, no comando do negócio há 58 anos. "Na época, o lugar era de um parente de meu pai, que depois do jogo preparava algo para a turma comer." Fazia filé a pizzaiolo e salada. Um amigo chamou o outro e, com o tempo, a casa virou sucesso e abriu para o público. São apenas 13 sabores de pizza. "Colocamos o que os clientes mais gostam. Trabalho só com ingredientes muito frescos." Enquanto Fábio comanda a cozinha, o pai começa cedo, fazendo as compras na feira. "Deixo a casa pronta para funcionar." Fora a pizza, servem frango capão, perna de cabrito, coelho e porquinho assado no forno à lenha. "Mas tem que encomendar antes", avisa.

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