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A estrangeiros:cuidado no rio

'Não se embrenhem por lugares que vocês não conhecem', diz Lula a participantes de fórum

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

/ RIOO presidente Lula sugeriu aos visitantes de mais de 160 países, presentes à abertura do Fórum Urbano Mundial 5, que conheçam as favelas do Rio. Mas recomendou cuidado com a violência. "Não se embrenhem por lugares que vocês não conhecem. Transitem como cidadãos normais, que vocês vão perceber que nada vai acontecer a nenhum de vocês", disse Lula.Ele citou investimentos no Estado e na cidade, em parceria com os governos locais, e destacou o plano de ocupação de algumas favelas cariocas, com a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas ressaltou que elas não acabaram com o crime."Obviamente que nós não negamos que há violência no Rio de Janeiro. Mas este Estado e esta cidade têm um povo extraordinário, possivelmente o mais alegre, o mais cortês do Brasil", elogiou, depois de assistir a apresentações de dança e música de grupos formados em comunidades pobres da cidade. Antes, o governador Sérgio Cabral já havia convidado a plateia a conhecer comunidades que receberam investimentos públicos, onde houve "mudanças radicais no saneamento, na habitação, no lazer e na cidadania".Estrela. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi a principal atração da abertura do fórum, depois da saída de Lula da solenidade. Com representantes de vários países, Dilma participou da entrega de um prêmio internacional para a Fundação Bento Rubião, que atua em comunidades pobres do Rio.O prêmio, de US$ 100 mil (R$ 179 mil), leva o nome do patrocinador, o primeiro-ministro do reino do Bahrein, príncipe Khalifa Bin Salman Al Khalifa, que enviou um representante. Além de Lula, Dilma foi a única autoridade federal brasileira a discursar, apesar de o Ministério das Cidades ter participado mais diretamente da organização do fórum. Discreto, o ministro Márcio Fortes esteve o tempo todo no palco, ao lado da ministra. Dilma anunciou que o atual governo pretende deixar pronto um projeto de ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida. "O Minha Casa, Minha Vida acaba com a ficção de que o mercado podia dar conta da construção de habitação para população de baixa renda", afirmou. Ela exaltou os investimentos do atual governo na construção de casas populares e em saneamento. "O século 20 foi o da exclusão urbana, da segregação territorial, da população em condições precárias de habitação", afirmou. "A volta da presença do Estado nessas áreas foi um dos grandes desafios do governo do presidente Lula."

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