''A iniciativa é solitária e sem base'', afirma advogado

PUBLICIDADE

Por e Diego Zanchetta
Atualização:

Advogado do DEM, Ricardo Penteado saiu ontem em defesa das doações consideradas ilegais pelo MPE. "A iniciativa do promotor é solitária, escoteira e sem embasamento jurisprudencial." Procurado, o prefeito informou que só a organização da campanha poderia responder sobre as doações. Penteado voltou a afirmar que o TSE considerou legítima as doações feitas por sócias de concessionárias do serviço público à campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. "Por que só as contas do prefeito estão sendo reabertas? Estamos muito tranquilos, com certeza (a representação) não vai resultar em condenação. Como disse, o promotor não tem fundamentos para reabrir contas que já foram aprovadas pelo próprio MP." A reportagem tentou entrar em contato ontem com as seis empresas citadas na representação. Até as 20h30, só as empresas CR Almeida, Banco Itaú e Camargo Correa enviaram notas. "As doações realizadas foram devidamente informadas ao TRE e estão de acordo com a legislação eleitoral em vigor no País", informou a CR Almeida. "As doações da Camargo Correa também foram legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral", informou a empreiteira, que ressaltou não ser concessionária de serviço público em São Paulo. Já o Itaú destacou que a doação do banco às campanhas eleitorais ocorreu "com total transparência e em sintonia com os princípios e valores da organização". O banco lembrou ter ganho a licitação de R$ 510 milhões, em 2005, para fazer a folha de pagamento da Prefeitura, mas diz que o valor do contrato já foi pago. Ricardo Borges, um dos advogados da Serveng, foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, por volta das 13h. "Vou pedir para alguém entrar em contato com você", respondeu. Até as 20h30, contudo, não houve retorno.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.