A língua do grampo

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Por Redação
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A fala grampeada da diretora jurídica do Opportunity, Danielle Silbergleid Ninnio, é emblemática do conteúdo genérico de boa parte das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Acompanhe o papo furado da moça com um certo HNI (Homem Não Identificado): "Ele não quis entrar com aquele negócio que te falei que a gente ficou de trabalhar, e eu quero discutir um pouco isso com... Com ele. Eu vou até ligar daqui a pouco ou amanhã de manhã, se eu não conseguir agora, pra aquele outro amigo que eu tava dando informação também, acho que mal não faz ele saber disso, entendeu, porque talvez ele corra atrás de alguma coisa com mais... Com mais pressa, e vou colocar uma pressãozinha nele..." Conclusão: ou esta turma está usando um mecanismo eletrônico para embaralhar palavras ou ninguém nesse meio fala mesmo coisa com coisa. Assim fica muito difícil prendê-los. A PROPÓSITO "Tem habeas corpus para emagrecer?" Rosinha Matheus, em conversa com Anthony Garotinho DRAMA DA ESTIAGEM "Mãe, o que é chuva?" Daniella Couto, 4 anos, à saída de uma creche em São Paulo Clique judicial O tal habeas corpus que daria direito a não ser fotografado, pérola da defesa de Salvatore Cacciola, abriu no mundo das celebridades o debate jurídico sobre a possibilidade de uma liminar que, ao contrário, garanta o clique a cada passagem do impetrante. Minoria loira O ministro Carlos Minc não se acerta com a tintura do cabelo desde que se mudou para Brasília. Já está quase tão loiro quanto Marta Suplicy. Palestras fashion week A palestra de Geraldo Alckmin numa feira para donos de supermercados, em Vitória (ES), teve para a ocasião a mesma importância da conferência de Kofi Annan na abertura de um congresso de publicitários em SP. Qual seja, nenhuma. Ronaldinho a quilo Um açougueiro milanês, decerto torcedor da Inter, se deu ao trabalho de fazer as contas: se Ronaldinho Gaúcho custou 21 milhões ao Milan, o quilo do craque saiu mais ou menos a 256 mil. Deve ser por isso que Ronaldo Fenômeno não pára de engordar. Chega de saudade! Pode acabar em conflito generalizado a festa dos 50 anos da Bossa Nova. João Donato, João Gilberto, Tito Madi, Carlinhos Lyra, Roberto Menescal, parece que ninguém se tolera faz tempo. Popularização inevitável Antes que uma versão pirata de habeas corpus chegue às calçadas das grandes capitais brasileiras, o governo deveria lançar logo o Bolsa Habeas Corpus.

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