Abin apura a ligação de 6 vítimas com terrorismo

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Por Rodrigo Rangel e BRASÍLIA
Atualização:

O Estado apurou que o serviço secreto do governo brasileiro está averiguando a lista de passageiros do voo da Air France em busca de indícios sobre eventuais ligações de alguns deles com grupos terroristas islâmicos. Até agora não há sinal de que um atentado tenha provocado a queda do avião, mas a hipótese não pode ser descartada, segundo uma alta fonte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As pesquisas se concentram em nomes de seis passageiros de países árabes. Dois deles teriam nomes coincidentes com os de suspeitos de envolvimento com o terror. Para a Abin, porém, trata-se de homônimos. "No mundo árabe, os nomes são muito parecidos. Só na análise de um desses nomes, chegamos à conclusão de que existem 82 homônimos no mundo", disse a fonte. Nenhum dos seis passageiros morava no Brasil. Estavam no país supostamente a negócios. "Alguns, inclusive, já haviam estado no Brasil antes", disse o analista da Abin. A Inteligência brasileira está em contato permanente com o governo francês. Dois fatos contribuem para afastar a hipótese de atentado: o envio de 24 mensagens automáticas indicando pane no avião, o que não condiz com uma explosão, e nenhum grupo extremista ter reivindicado a autoria. Os analistas apostam na perícia de peças e corpos para averiguar a possibilidade. Segundo a revista semanal francesa L?Express, duas pessoas investigadas pelo serviço secreto da França estariam entre os passageiros. Elas seriam investigados por vínculos com células terroristas islâmicas. A fonte não foi revelada e, segundo a L?Express, nem o serviço secreto teria certeza da informação. É possível que sejam homônimos. COLABOROU ANDREI NETTO

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