PUBLICIDADE

Acabam investigações sobre morte da modelo em MG

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério Público de Minas Gerais deu nesta segunda-feira por encerradas as investigações sobre a morte da modelo Cristiana Aparecida Ferreira. Após 110 dias de apurações, os promotores chegaram à conclusão de que ela foi assassinada pelo ex-namorado, o detetive Reinaldo Pacífico. Segundo laudo feito após a exumação do corpo da modelo, Cristiana foi morta por asfixia, no dia 6 de agosto de 2000, num flat da zona sul da capital mineira, quando tinha 24 anos. O primeiro resultado do inquérito da Polícia Civil indicava que ela se havia suicidado, ingerindo veneno para rato. ?O Reinaldo tinha um passado, uma vida atribulada com a Cristiana. Chegou a bater, chegou a ameaçar. Tudo leva a crer que realmente ele tirou a vida de Cristiana por não aceitar a separação?, disse o promotor Francisco de Assis Santiago. O laudo de 47 páginas e os documentos reunidos pelos promotores foram encaminhados nesta segunda ao 1º Tribunal do Júri, em Belo Horizonte. A Justiça já decretou um pedido de prisão temporária de Pacífico, que está foragido desde 7 de janeiro. Nesta segunda, o MP solicitou a prisão preventiva do detetive. Ele poderá ir a júri popular por homicídio. O advogado de Pacífico disse que, por enquanto, o detetive não irá apresentar-se à polícia. Ele pretende entrar, ainda nesta semana, com pedido de habeas-corpus para seu cliente no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar de darem o caso por encerrado, os promotores não descartam a possibilidade de haver envolvimento de outras pessoas na morte de Cristiana. Desde novembro, 41 pessoas foram ouvidas, entre elas empresários e nomes do alto escalão da política mineira, como o atual ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, o ex-secretário estadual de Governo e Assuntos Municipais Henrique Hargreaves, o ex-vice-governador de Minas Newton Cardoso, e o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Djalma Morais. Todos prestaram depoimento como testemunha.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.