A polícia encontrou dois telefones celulares na cela do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, no Batalhão de Choque da PM, centro do Rio, na noite desta quinta-feira. Os celulares estariam em poder de Maluco e do também traficante Marcos da Silva Tavares, o Marquinho Niterói. A unidade começou a ser usada para abrigar presos de alta periculosidade depois da rebelião que destruiu parcialmente a penitenciária Bangu 1, em 11 de setembro, e deveria fornecer condições de isolamento total. Câmeras monitoram as celas durante as 24 horas. No dia 13 de setembro, foram transferidos para lá Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, Márcio Antônio Pereira da Silva, o Mighty Thor, Márcio Silva Macedo, o Gigante, e Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim. Eles são apontados como líderes do motim. Maluco é o principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. Niterói é suspeito de articular, por telefone, dentro de Bangu 1, o fechamento do comércio que praticamente paralisou a cidade no dia 30 de setembro por ordem do tráfico. Nenhuma hipótese é descartada para a entrada dos celulares: há suspeita de colaboração de PMs, de visitantes de presos comuns ou de advogados dos traficantes, que tiveram as visitas aos clientes limitadas recentemente.